22 novembro, 2011

Don't take a picture!


"It’s been a bad day. Please don’t take a picture."


  A frequência da aleatoriedade dos meus dias segue uma escala. Aos dias muito bons seguem-se outros muito ruins. Dias mornos se mantém na mesma. Dias agridoces se alternam com pimentas e canela. Sempre durante o dia verde do capim-limão a previsão é coca-cola negra na próxima manhã (ou noite). Não é preciso analisar estrelas para isso. É o ciclo natural da carruagem do equilíbrio. Sorte no amor, azar na vida escolar (ou seria jogo?). É como o bem estar depois da crise de choro. O cheiro enjoado dos consultórios do dentista antes da sensação de dentes limpíssimos. O desapego que vem depois do assassinato da saudade.

   Dias e pessoas são como os túmulos. Alguns são belamente esculpidos por fora mas por dentro o conteúdo é o mesmo. Cada um caminhando para um estágio de decomposição. Todos em direção ao fim. Ah, a armadilha da intensidade! – essa que nos faz sentir vivos. A corda bamba para atravessar entre o chão de uma sensação a outra sob o abismo do excesso. Um passo em falso e se ultrapassa o limite. Game over. E lá estamos nós de novo juntos na mesma sala dividindo o ar-condicionado. Eterna mania de se embrulhar e se embaraçar. Em um gesto de amizade as bochechas tocam os lábios. Os mindinhos se apegam em favor do perdão e das promessas. O tic tac dos sapatos unidos no compasso dos ponteiros das horas. Novas pegadas no velho chão.

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10 setembro, 2011

(Ím)Par

  Henrique sentia a cabeça dar voltas. Girando sem parar. A visão turva. Nenhuma imagem definida. Sentou-se no meio-fio. Colocou a cabeça entre os joelhos. Fechou os olhos. Respirou fundo. Imaginou uma bolha branca. A bolha que o envolvia, separando-o do mundo ao seu redor. Bolha confortável. Nela havia liberdade para pensar.

  Em um momento a ordem imperava. De repente o que era fixo já não era mais. O sol brilhava de forma diferente. Ele teria que se adaptar. Mas antes precisava adquirir a noção dessa necessidade. O que o chateava era começar de novo antes mesmo de estabelecer um fim. Foi um fim forçado. Ele não reagia bem a surpresas. Gostava de planos e rotinas. O momento de decisão era aflitivo. Ainda mais quando parte da decisão estava fora da sua vontade. Aceitar o disponível.
 
  Ergueu a cabeça. A lua estava cheia. Entendeu que não somente o mundo da lua era inconstante, mas a realidade também. Solidão. Ele queria segurar mãos que o compreendessem. A dor era imensurável. Queria pelo menos ter se despedido. Ter direito a um último beijo. Lara estivera chateada com ele. Henrique sentiu uma pontada no íntimo. Ele nunca mais teria uma chance de se desculpar. “Um acidente "_ foi a explicação dada. Deduziu que Shakespeare teria assassinado aquele maldito motorista sem ponderar. Sangue por sangue.

  Depois desse fim iminente, pensou que o melhor talvez fosse olhar somente para o passado. Se perder nas memorias. Pensou que Darwin não saberia como ele ainda estava vivo se não era forte o suficiente para adaptar-se.  Sentiu raiva das teorias. Aleatoriedade ou destino não o satisfaziam. Ele procurava a estabilidade. Mas o que parecia estável para o senso comum, lhe era monótono e deprimente. Mera ilusão. Ele não queria viver a vida que enxergava por aí. Procuraria o senhor do tempo. Seria um vagabundo como Sócrates. Vivendo de discursos e botecos. Ou poderia viver em torno da arte da dor. Lara o havia ensinado que ele tinha um coração. Nada mais digno do que mantê-la viva ali.


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02 setembro, 2011

Duas damas nuas

 
  O corredor era frio. Não é que a temperatura estivesse baixa. O tempo estava bom. Mas o tempo do relógio demorava a passar. Ao contrário das pessoas. As que passavam por ali andavam rápido. Depressa, atrasadas como o coelho. Perguntou a si mesma se um dia seria costume geral andar devagar e conversar com estranhos. A ideia de falar com estranhos há muito havia deixado de ser assustadora para a menina. Talvez porque agora a estranha fosse ela mesma. Os outros é que poderiam se assustar ao notar a sua presença, ou pior, o seu atrevimento em puxar uma conversa.

  Sentiu saudades da infância. De quando era rainha. A soberana de um mundo de gigantes. Onde os maiores cuidavam dela.
 
  _ “Quer mais um pedaço do bolo, minha pequena?”_ Dizia a avó.
  _ “Eu quero a saia cor-de-rosa!” _ ordenava para o pai.
  
  Agora os tijolos não pareciam mais protetores. Nem por isso eram como obstáculos. Pois ela estava simplesmente solta. Talvez as paredes não fossem reais. Poderiam ser espelhos. Os espelhos que refletiam o coração do homem civilizado. As barreiras de tijolos eram construídas nos corações para que não fossem influenciados por emoções. Afinal, paredes de tijolos não são destruídas pelo sopro do lobo. A ideia de substituir os tijolos por palha parecia-lhe animalesca. A palha a fazia pensar em pasto. Os homens cederiam as emoções assim como o touro é escravizado pelo instinto. E essa atitude não lhe é suficiente para escapar do abate.

    A próxima tentativa seria a madeira. A madeira é marrom. O marrom é quente. Cor de pé no chão. Se as paredes de seu coração fossem de madeira ela poderia ouvir as batidas de visitantes. Abriria a porta. Enquanto a conversa fluísse confortavelmente beberiam chá. A milagrosa bebida universal dos ricos e dos pobres. A madeira também poderia cair com o vento. Disso ela sabia. Não era uma porquinha tão burra.
Os tijolos eram mais seguros. Então ela percebeu que eles já estavam sendo posicionados em seu coração. Sentiu medo. Como seriam os sentimentos com o coração de tijolos? Queria chorar. Mas as lágrimas não chegavam. Os primeiros tijolos já impediam que as gotas de orvalho passassem e vazassem pelos olhos.
 
  O plano era encontrar uma força maior que a do vento. Algo capaz de derrubar os tijolos. Ela precisava de alternativas. Deixou para pensar nisso depois. Ainda estava ali sentada no corredor. Fechou os olhos para ouvir melhor os passos. Passos plastificados, passos elásticos, passos metálicos, passos macios, passos brutos. De repente som de passos rolantes. Abriu os olhos. Eram pés sobre o skate. Passaram mais rápido que os outros pés. Presos a um corpo e rosto que transmitiam um misto de intensidade e distância. Velocidade. O movimento era capaz de balançar as paredes dos corações. Deduziu que esse era o motivo das pessoas andarem ali. Cada uma buscava o seu próprio movimento. Sentiu alívio. Era um sinal de que seu coração ainda pularia. Seria diferente.
 
  _ “ Para mim exótico é uma outra forma de chamar algo de esquisito. O diferente é torto, feio.” _ disse-lhe certa vez um colega.
  Algo ao qual a menina comentou:
  _ “ Não cabe a mim julgar. Penso que o diferente não é inferior nem superior, apenas diferente.”
   
  As luzes ainda estavam acesas. O corredor tinha iluminação artificial. O sol machucava os seus olhos. Ela preferia o subterrâneo. A caverna era seu esconderijo. Porque sabia que sua luz própria não tinha chances contra a luz lá de fora. Luz ela tinha o suficiente para si. Precisava buscar equilíbrio na sombra.
 
  Alguém sentou ao seu lado. Discretamente ela o observou. Pensou que as roupas dele eram exageradas. O que era estilo para uns, para ela era identidade postiça, forçada. Na concepção de sua mente de fim da adolescência, fantasias foram deixadas no passado. Cabelos coloridos agora lhe pareciam falta de personalidade, um modo infantil de chamar a atenção. Obviamente ele queria ser diferente. O imaginou sem roupas. Não de um modo pervertido. Mas de uma forma neutra. Livre de simbolismos estéticos. Sem modismos ou ícones fantasmas de outros tempos gritando pelas vestes dele. Sem máscaras. Não queria saber das suas bandas, nem dos seus jogos, times, ídolos, calçados ou perfumes. Aquela sujeira toda embaçava a verdade. Desejou estar na Grécia. Sentir o cheiro do mar e a umidade à luz do luar. Nua e descalça. Limpa. A neutralidade da nudez unida à sinceridade do coração_ as duas senhoras casadas em um final feliz para sempre.                                                                                                     

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15 junho, 2011

The beginning

Sid Vicious


  A escola não é tão legal vista por dentro. Estudar muitas matérias que não te interessam nem um pouco. Essa pressão para passar no vestibular. Pessoas tentando ser alguém aceitável e fazer parte de um grupo. Eu ainda acabo cedendo na hora do intervalo e vou com as garotas ficar sentada nos banquinhos perto do pátio. Apesar de eu achar que a biblioteca seria bem mais interessante. Não é que eu seja antissocial é só que eu não gosto de desperdiçar tempo em conversinhas sem futuro. E eu gosto das minhas colegas. Mas também preciso de espaço. Ás vezes parece que o espaço nunca é suficiente. Ou deve ser porque a gente quer estar em outro lugar. Essa aula de história até que foi boa. Atenas era o lugar. Olho no relógio. Faltam 3 minutos para o break. Tempo de macarrão instantâneo. Eu já terminei os exercícios. Doce tic tac.
_ “Psiu”_ Escuto. Olho para trás e vejo o Cadú levantando as sobrancelhas na minha direção.
  Entendo, pisco de volta e mando o dinheiro para ele. Bom, não vou ter que enfrentar fila na cantina. Quando o sinal toca, acompanho as meninas descendo as escadas. Levo o Retrato de Dorian Gray para ler. Sento perto delas. Acho que entenderam que eu não estou a fim de bater papo hoje. Sento no banco com os joelhos dobrados ignorando as minhas coxas doloridas por causa da aula de dança de ontem. Essa é uma das boas dores da vida. Abro o livro na página marcada. O som de Florence And The Machine embala minha bolha de ar simbólica.
   Hoje o dia está fresco. O sol refletindo entre as frestas das árvores, deixando tudo meio iluminado. Amarelo é energia alegre. Amarelo é luxo. Não posso negar que os tons estão contagiantes. Percorro o lugar com os olhos. No fundo do pátio vejo uns garotos com uns instrumentos, parecendo uma banda mal formada. Espero que valha a pena aposentar os fones pelos próximos minutos.
  Levanto os olhos para reconhecer quem são eles. O cara com a guitarra é o Yuri Amorim. Eca. Criaturinha mais nojenta. É a grosseria em pessoa. Certeza de que toma bomba. Procuro pelo baixista. Geralmente eles são os meus preferidos. Acho que deve ser culpa do Sid Vicious. E ainda tem gente que diz que os baixistas não aparecem. E o que dizer do Sid Vicious? Oi? Porque é o primeiro que me vem à mente quando o assunto é movimento punk. Se bem que nem era ele que tocava na maioria das vezes. Quem se importa? Ele foi uma lenda. Eu adoro Sex Pistols.
   O do baixo está usando óculos escuros. Depois percebo que é o Daniel. Foi da minha turma no oitavo ou no nono ano, não lembro bem. Acho que gostava de Harry Potter. Ou talvez minha mente esteja sendo irônica. Nunca fui com a cara do Daniel Radcliffe. Mas o que lembro mesmo desse outro Daniel é que tirava boas notas e parecia legal na época. Não sei agora. Nunca fomos amigos. Parece que ainda está aprendendo a tocar. Não consigo ver quem é o baterista. Eles ainda não tocaram nenhuma música inteira. Tem mais uns meninos lá, mas não estão fazendo nada. Na verdade só ele brincando com o baixo. É, realmente eles não são uma banda. Minhas colegas nem parecem perceber o que está acontecendo. O Daniel começa a fazer barulho cantando versos do Raul Seixas e eu me controlo para não rir. “ Eu sou a mosca que pousou na sua sooopa”. Aí as meninas finalmente olham pra lá.
_ “Ai como esse Daniel é retardado!” _ a Larissa fala.
_ “Ah qual é? Ficou bacaninha a versão.” _ eu brinco.
  Ela revira os olhos e a Fernanda vomita:
_ “Esquisito.”
  Dou de ombros. Eu gostei. Eles começam a tocar de verdade. Agora com mais uma guitarra e o Marcelo no vocal. O Cadú chega com o meu lanche.
_ “Hey you, meu chuchu. Não sei como você consegue tomar essa coisa.”
- “Hey guy. Acredite meu chá é bem melhor que o seu refri câncer. Valeu, senta aí.” _ eu falo_ “Você é amigo deles né?” _ Faço um sinal apontando para os garotos.
_ “Aham. To indo pra lá. Vamos?”
  Lembro que ainda tenho que passar na secretaria para buscar meu boletim antes que comece a próxima aula.
_ “Não dá. Deixa pra próxima.”
 Pisco e saio em direção à secretaria.
  Chego atrasada na aula. Nem tem importância. O pessoal da comissão de formatura está organizando e recolhendo o dinheiro para um churrasco. Último ano, por favor, acabe logo! Não vejo a hora de ir embora desse lugar. Universidade rima com liberdade. O que me dá crises do tipo você-deveria-estar-estudando-mais! Depois de uns dois suspiros a crise passa. Comodismo = inércia. Tenho que parar de procrastinar. Sento no meu lugar. Viro de lado e peço para o Cadú a pasta com os desenhos dele para analisar. A cada dia ele desenha melhor.
_ “Ei, já me cansei dessa euforia com a formatura.” _ ele diz.
_ “Eu também. Nem estou a fim de ir nesse churrasco. Eu queria estar agora na era disco” _ Começo a cantarolar baixinho enquanto balanço os ombros _ " Keep it comin' love, keep it comin' love Don't stop it now, don't stop it, no no "  Eu adoraria se a minha vida fosse um musical.
Ele ri e fala:
_ “O Daniel disse que só vai se tocarem MPB lá.”
_ “Nesse caso eu também iria.” _ digo enquanto folheio os desenhos.
MPB. Hum. Simpático esse Daniel. Mas por que o Cadú está me falando dele? Lembro no ano passado, uma vez depois da aula de inglês no curso. Eu estava conversando com a Natália. Na época ela ainda estava estudando na mesma escola que eu, só que já no último ano. E eu era apaixonada pelo Nicholas. Quando eu lembro sinto até vergonha. Ele era o meu melhor amigo. E eu sabia de vários rolinhos dele da faculdade. Morria de ciúmes por dentro e não dizia nada. Afinal, eu era “irmãzinha” dele. (Inserir virada de olhos aqui). Até que um dia ele percebeu isso e começou a brincar comigo.
_ “Ele é seu namorado?” _ a Natália tinha me perguntado.
_ “Não! Ele é meu melhor amigo.” _ Respondi.
_ “Ah, fala sério Valquíria! Vocês sempre saem juntos. Ele te busca em todo canto. Seu celular não para de tocar. E adivinha quem é na linha? Você fica toda boba falando dele.”
_ “Natália!”
Ela me olhou super cínica. Admiti:
_ “Talvez eu tenha uma quedinha por ele.”
_ “Quedinha? Isso está mais para um tombo feio.”
_ “Você é muito má!”
_ “Olha Val, por que dessa vez só para variar você não tenta gostar de alguém da sua idade, hein?”
Eu nem respondi nada. A minha mente só sintonizava a frequência Nicholas. E pensar que quando eu o esqueci ele veio atrás de mim. Tolinho. Não brinque com ninguém um dia você será o brinquedo. "Você não soube me amar". A Natália continuou:
_ “Sabe, ontem eu estava reparando no Daniel. Ele não é da sua turma, mas parece ser um cara legal. Diferente dos outros meninos. Acho que vocês combinariam juntos. Confessa que você adora caras intelectuais!”
_ “Ai para com isso Nati. Eu não quero ninguém tá. Sua boba.”
Estranho eu não ter esquecido isso. Escrevo no meu caderno: “Caiu uma mosca na minha sopa. E agora José? O que fazer com ela?” Ai que besteira. Nada a ver. Entre as folhas encontro um bilhete dizendo: “ Eu te amo irmã mais linda do universo. Salvou minha vida. (De novo.) Beijo. Bia” Ai que lindo! Nessas horas até me esqueço do tanto que a Bia pode ser chata.
  Mas ontem foi épico. Eu estava no meu quarto terminando de montar a paleta de cores para montar um novo scrapbook. Super feliz porque tinha conseguido impedir que minha calça velha de ioga fosse para o lixo. Minha mãe parece que não tem noção do tempo que levou para ela ficar assim toda manchada de quando eu tiro o excesso de esmalte ao redor das unhas com a espátula e passo no tecido. Ela é muito confortável. Não é preciso nem usar calcinha. Aí a Bia entrou chorando desesperada. Fiquei preocupada. Imaginei mil e uma coisas que poderiam ter acontecido. Mas não estava entendendo porque ela estava usando uma touca no cabelo. Entre soluços ela tentou explicar, de um jeito bem Bia é claro:
_ “ Eu arruinei a minha vida. Eu só queria realçar meu estilo!”
_ “Não me diga que você”_ apontei para a touca.
_ “Ficou horrível!” _ ela choramingou soltando o cabelo. O lindo cabelo comprido se foi. Estava todo torto. E a franja no meio da testa. Se ela não estivesse com aquela carinha de filhotinho sem dono eu teria disparado a rir.
_ “Eu joguei todo o cabelo para frente e cortei. Depois abaixei a franja e mandei a tesoura. Só que quando levantei a cabeça ela subiu também. Eu nunca mais vou sair de casa.”
_ “Ah, o que é isso Bia. Você só tem 12 anos. Não é possível que até os 18 essa sua franja não tenha crescido!”
Ela disparou um “Não é engraçado!” e saiu correndo. Eu sabia que agora ela não ia me deixar entrar no quarto dela. Aí liguei para o melhor cabeleireiro do mundo (tá, ele pode não ser o melhor, mas é o mais simpático, fofo e querido, ou seja, é o melhor!). Levei a Bianca para o salão e ele arrasou. O cabelo dela ficou demais. Muito mais bonito do que quando comprido. Realçou o rosto dela. Agora a Bia me deve uma. Uma das grandes.

(Continua ou não...)

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13 junho, 2011

Falling in love

  Em certa civilização oriental o amor sempre era representado como uma criança. Simbolizando que o amor nunca fica velho. Ele não amadurece. Acaba. Quanto mais tempo dura mais perto está do fim. Quem caiu se levanta. Teorias...

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17 maio, 2011

Close the door, please


Meu celular toca. Ouço a Lady Gaga me inspirar a dar a resposta perfeita pra quem quer que esteja me ligando: I’m still in love with Judas baby! Essa mulher pode ser louca e tudo mais, só sei que ela tem o poder de me animar. Já se sentiu como se em nenhum segundo você conseguisse ficar em paz? Tem momentos na vida em que parece que em tooodo lugar estão te observando. Pais , irmãos, professores, chefes, amigos, inimigos, colegas, conhecidos, porteiros, vizinhos e outros seres.  Radares, câmeras, telefones, celulares, facebook, twitter e outras drogas da vida. Enfim sós! Quem nunca desejou ouvir isso atire a primeira pedra. P-r-i-v-a-c-i-d-a-d-e! É tudo o que mais quero pra hoje. Desligo o celular. Sinto algo tão bom.
  Uma vez eu decretei que eu teria um dia da semana sem comunicação com o mundo exterior. Nem mesmo online ou por telefone. Aí senti um pavor! Parecia que o mundo inteiro estava bombando ou se acabando e eu lá de mãos atadas sem participar do auê. Estava ficando pra trás. O “café-com-leite” da brincadeira. Meditação te faz se sentir toooda espiritual e tudo mais, mas falando sério, não dá mesmo pra ficar escutando música celta e bancando a zen o tempo todo né.
  Mas sendo suuuper sincera acho que só tem uma coisa no mundo que me faz parar no tempo. Ou melhor, uma pessoa. E talvez nem pra ela eu admita isso. Rá- não mesmo! Já pensou eu dizendo: “Daniel, meu mundo pode girar por muitas coisas, mas ele só para por você” ? Ai que patético! Parece mais uma das cantadas típicas de um fora na seção de micos da Capricho no blog do Jerri.
  Então vou aproveitar a minha gripe, ou melhor, a minha manhã. É tão feliiiz ficar doente só por um dia. É oficialmente o dia mais perfeito pra deixar a preguiça tomar conta. Matar aula, os pais preocupados mas nem tanto, os amigos solidários, mimos e mais mimos. Sem contar que você pode brincar de voltar no tempo passando a manhã toda de pijamas, enrolada no edredom na frente da TV assistindo desenhos. Se bem que eu nem tenho mais paciência pra assistir desenhos, a não ser The Simpsons ou Naruto. Então vou escolher uma das séries do estoque, Glee, Pretty Little Liars, Gossip Girl ou qualquer outro lixo teen reciclável, ou então rever os melhores episódios de Friends. Ai começo a me sentir superficial. Melhor escolher algum filme europeu, curta existencialista ou de filosofia oriental, nada de cultura americana ou consumismo maníaco. Que trágico! Isso não deixa de ser preconceituoso. Afinal, todas são expressões do comportamento humano dignas de serem analisadas né?
   Acho que eu li muito Alice no País das Maravilhas. Estou igualzinha a Alice. O tempo todo pensando coisas e discordando de mim mesma. Decretando vontades e me aconselhando. Aliás, sou uma ótima conselheira. Poderia até ser uma boa psicóloga um dia. Só que não sigo nada do que digo. Estou na verdade com tanto sono. Acabei esquecendo o outro efeito de estar com gripe e tomar analgésicos. Sono profundo do tipo pedra turning on. Eles fazem seus pensamentos desabarem em um efeito dominó que te derruba.  Ah não, em sonos pedra nem temos sonhos...
Bocejo, bocejo, bocejo... ZZZZZzzzzzz...

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12 maio, 2011

Dynata Dynata

                                                                                                             _ O Beijo - Constantin Brancuse


Museus parecem carregar vidas. Objetos que pertenceram outrora a pessoas de uma época passada, quando senão também a imagem dos donos dos pertences. É como uma atmosfera que nos transporta no tempo. Um clima um tanto nostálgico. Ás vezes feliz, em outros momentos trágico, pesado. Mas ali alguma coisa estava errada, muito errada. Foi quando percebi um barulho. Na verdade um som. Um som alegre, uma música. Aquele deveria ser um ambiente silencioso. É verdade que o que foge do habitual nem sempre é inconveniente. Segui o fluxo me deixando guiar pela origem dos acordes. Encontrei-me em uma sala não muito grande. Flashes de vídeos mostravam danças. Danças de diferentes países, épocas. Mas todas tão típicas. Nada parecido com aquilo que chamam de música e é processado de forma tão automática e rápida quanto a velocidade com que é distribuído e escutado no mundo inteiro como expressão de uma cultura única em todo o globo ou talvez uma ausência de singularidade e gosto próprio na maneira de se expressar. Parei diante de uma tela em que pessoas cantavam juntas com feição alegre, amistosa, recitavam versos que me pareciam gregos. Eu costumava ouvir música grega em algum momento da minha vida. Lembro bem quando compreendi pela primeira vez uma simples palavra na letra de uma canção grega. Dynata. Ela se repetia muitas vezes. Dynata, dynata... ou seja possibilidades. Em um ritmo sinestésico que te faria correr atrás do trem e fugir com o circo. Era isso: possibilidades. Fugir com o circo é uma possibilidade. Realmente existem momentos em que acreditamos que tudo é possível. Em algum instante na infância quando brincamos de amarelinha enquanto pulamos ao mesmo tempo em que contávamos até nove arquivamos no subconsciente que o céu é o limite. As crianças ainda brincam de amarelinha? Terei de perguntar isto a Sara.  É uma possibilidade. Toda pessoa já se arrependeu de ter feito algo. Ou de não ter feito. De ter cedido ao momento ou de ter reprimido um desejo. Possibilidades. Talvez isso resuma a vida. Suas escolhas determinam seu leque de alternativas. Se fossemos parar para analisar em como as curvas dos labirintos de possibilidades que surgiram no caminho poderiam ter nos guiado em tantos finais distintos seria ainda mais confuso. Talvez eu não seria eu mesma. Eu seria um outro alguém que não existe. Quem sabe gostaria de outras músicas, comidas, paixões ou teria outros filhos, ou não os teria, uma outra família. Então me lembrei de quando estava em casa com Daniel. Meu melhor amigo de tantos anos. Estávamos sentados tomando chá. Estava ali olhando meu reflexo dentro da xícara. Mas aquele rosto não parecia o meu. Eu não tinha tantas rugas. Senti um aperto firme na minha mão. Familiar, seguro, protetor. Ele estava me fitando. O mesmo olhar de sempre. Sonhador. Lindo. Como fui deixar que ele me visse assim?
_ Por que está ficando vermelha? – Ele me perguntou.
_ É que me esqueço de que estou morrendo. Quando me vejo estranho. Como você consegue?
_Consigo o que?
_ Me reconhecer. Como pode acreditar que essa velha era a moça bonita que estava com você?
_ Então é nisso que está pensando?
Assenti com a cabeça.
_ Agora me deixou muito preocupado.
Olhei para o rosto dele e só pude perceber um sorriso cínico. Ai Deus,  sempre fui louca por esse cinismo, o quanto eu amei o humor inteligente dele. Ele continuou:
_ É essa a imagem que você tem de mim? Um velho estranho?
 Senti uma lágrima escorrendo. Daniel tocou meu rosto, deitei minha cabeça nos seus ombros. Continuávamos de mãos dadas. Minha boca travada. Não consegui falar nada. Não respondi. Depois de uns minutos ele falou enquanto percorria com os dedos os caminhos que as lágrimas haviam feito na minha face:
_Você tem razão. Não é mais a mesma coisa. Passamos por muitas mudanças.
As lágrimas secaram, olhei em choque para ele. Mas ainda sorria. Dessa vez um sorriso tranquilo.
 _ Cada marca em nossos rostos deixa clara a nossa história. Cada ruga espelha os nossos passos. Pegadas das nossas manias repetidas.
Dessa vez também sorri. Falei:
_Eu ainda te odeio! Eu odeio como ainda caio nos seus jogos de palavras.
_ Eu te odeio mais meu bem.
_ Eu te amei e odiei tanto - Falei segurando de novo sua mão.
_ A verdade é que eu amo isso_ Fez uma pausa reflexiva, como se procurasse as palavras, esperei que concluísse _ A nossa essência. O que construímos juntos. Eu amo o que somos quando estamos juntos.
Eu escolheria essa possibilidade infinitas vezes seguidas. Encostei minha cabeça no peito dele. Ouvi seu coração. A sua respiração. Para mim sempre soou melhor do que o som da chuva. Paz. Fechei os olhos. Suspirei.
_Meu coração ainda bate forte por você_ eu falei_ Já pensou que estranho seria para os primeiros amantes da humanidade. Não entender o que é essa força pulsando lá dentro do peito?
Daniel sempre riu de coisas que eu não disse com a intenção de que soassem engraçadas. Depois de algum tempo percebi que não era por mal. Ele beijou a minha testa.
_Viu só? Você ainda parece uma criança. Pergunta o porquê de tudo, as coisas mais inimagináveis. Mas pensando melhor, não é à toa que o coração é símbolo do amor.
Então senti um toque no meu ombro que fez com que eu voltasse ao hoje. A música grega se fora. Poemas estonianos eram recitados em cantigas.
_ Vovó, já é hora de voltarmos para casa. _ disse Sara.
_ Sim, meu anjinho, vamos.
Segurei aquela mão delicada, tão jovem, que me irradiava ondas de afeto e carinho. Casa. Casa. Depois que Daniel se foi eu saí da nossa casa. Ela era tão... nossa. Decidi que seria bom passar um tempo na casa da Lívia. Desde então levo a pequena Sara para dar uma volta no fim da tarde a cada dia, assim como fazia com Daniel. Quando ele estava bem disposto sempre a levávamos conosco. Ela é realmente linda. Tem uma cara de menina sapeca, grandes olhos castanhos meigos e curiosos ao mesmo tempo. O rosto moldado por cachinhos brilhantes e escuros. Suas mãos são como as de Daniel. Dedos compridos que adoram passear pelas teclas do piano do avô. Mãos que compartilham o mesmo dom. Desde bem cedo Daniel havia percebido. A partir de então Sara passava cada vez mais tempo em nossa casa. Daniel foi o seu tutor. Depois que aconteceu, Sara por um tempo parou de tocar. Disse que não poderia sem o avô. Ao chegarmos em casa ela seguiu o mesmo itinerário que faz há uma semana. Começa por composições de Shumann e Villa-Lobos segue com alguma música como Your Song do Elton John , ou qualquer outra que faça parte das prediletas de Daniel. Aí depois se sente livre para viajar entre as suas preferências. Interpreta suas próprias versões de músicas atuais, às vezes acompanhando com sua voz afinada. São as minhas doces canções de ninar. Chega uma hora em que é preciso inverter os papéis.
  

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06 março, 2011

Bonecas também choram

Ouça enquanto lê.




Bonecas também choram.
  
Estava passando pelo corredor da biblioteca. Várias fotos de bebês nas paredes. Uma exposição de uma fotógrafa dizendo que fotografar bebês era como registrar a vida no mais puro sentido. Imaginei essa vida acordando de madrugada chorando com uma fralda suja. Lembrei que a filha da minha prima nasceu no último fim de semana. Caramba, parece que ontem mesmo a gente estava brincando de boneca. Mas  alguém acabou brincando de boneco e carregando uma bonequinha de brinde. Uma que chora e suja as fraldas. Aposto que colocaram essas fotos aqui só pra evitar amassos entre as estantes...

 _ Próximo _falou a moça do balcão.

  Preenchi meus dados para o cadastro na biblioteca e saí correndo para me encontrar com o Dani no café para pegar carona. Ele estava lá sentado divonicamente concentrado lendo o texto da aula passada sublinhando algumas frases enquanto tomava um cappuccino. O notebook aberto, um livro do Karl Deuscth também. Óculos de grau, camiseta com estampa da Amelie Poulain ( Odeio essa obsessão cinematográfica explícita, essa atriz me irrita depois que vi o filme da Coco Chanel.), calça jeans, tênis, bem casual.

_ Onde é que você estava? Te procurei igual louco. Você já ouviu falar em telefone?
_ Ah, é que fui na biblioteca. Você sabe o quanto me distraio com livros_ respondi _ ai tá ouvindo ?
_ Green Day...
 _ Esses caras me irritam. Sério, vamos embora.

  Percebi que não era a música, nem a blusa dele que me irritavam. O Dani tem cheiro de brinquedo novo. De boneca nova. Não que ele pareça uma boneca. Odeio caras com rosto de boneco. Rosto de Ken, cabelo louro, monotonia total, ai lá vou eu pensando de novo em boneca. Aquelas fotos na biblioteca realmente não me fizeram bem. Algumas coisas são processadas de forma errada no meu cérebro. Confesso que o cheiro dele me dá vontade de brincar. Dani, Daniel eu acho que te odeio. Sim, te desprezo do fundo da lente dos seus óculos de grau pretos Wayfarer. Dani, Daniel, não se torne o meu fel, não me faça mandar tudo ir para o hell...





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19 janeiro, 2011

Beleza *_*

by: Malvados


"Não é uma coisa boa encher a sociedade de pessoas bonitas?"_ Yang Yuan, em declaração ao New York Times
"Não há beleza perfeita que não contenha algo de estranho em suas proporções."_ Francis Bacon, Ensaios sobre moral e política, "Da beleza"
"A beleza do mundo... tem dois gumes, um de riso, outro de angústia, que cortam o coração em pedaços."_ Virginia Woolf, Um teto todo seu

Salão de Beleza 

Zeca Baleiro

Composição: Zeca Baleiro
Se ela se penteia
Eu não sei!
Se ela usa maquilagem
Eu não sei!
Se aquela mulher vaidosa
Eu não sei!...

Vem você me dizer
Que vai num salão de beleza
Fazer permanente
Massagem, rinsagem, reflexo
E outras "cositas más"...(2x)
Oh! Baby você não precisa
De um salão de beleza
Há menos beleza
Num salão de beleza
A sua beleza é bem maior
Do que qualquer beleza
De qualquer salão...

Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição...

Aí! Morena Bela
Quem foi que te fez tão formosa?
És mais linda que a rosa
Debruçada na janela...

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17 janeiro, 2011

Paciência.

“All we need is just a little patience...”
_”Patience”- Guns And Roses.
O carrinho sobe os trilhos. Antes do looping da montanha russa, os batimentos cardíacos aceleram, sentimos frio na barriga. Tum, tum, TUM, TUM , TUM, TUM...
Depois da chuva as nuvens vão embora. Ás vezes teimamos, não pisamos no freio e as coisas acabam saindo do controle. Vão rápido demais e nos vemos obrigados a dar uma freada brusca. Caos, desordem, bagunça. Sim, de vez em quando bagunçamos para organizar. Afinal se não existe bagunça, não há ordem. Se não há mal, então não existe bem, e por aí vai.
Até quando viver nesse ciclo vicioso? Desejo, realização, frustração, tédio. Fast food, copos descartáveis, micro-ondas, macarrão instantâneo, sociedade do prêt-à-porter. É para agora, quero já! Escravos da morte, escravos do tempo_ curta logo antes que você morra, aproveite antes que envelheça. E essa pressa toda pode nos levar a abrir o presente antes da hora certa, sem mesmo esperar que ele seja entregue. Mas aí já ultrapassamos a linha, foi irreversível. A ansiedade trouxe decepção e vergonha.
Inertes, nos transformamos em geladeiras ambulantes, sempre ligados, por dentro do que acontece, porém, frios e indiferentes. Essa cegueira, maré de egoísmo, está ao redor e contagia o ambiente_ onde o amor é substituído pelo fascínio. Fascinação_ uma emoção passageira e desvanecente, baseada no irreal, egocêntrica. Assim vemos mais e mais pessoas imaturas, indecisas, inflexíveis, intolerantes, sem consideração pelos sentimentos dos outros.
A impaciência resulta finalmente em tolice. Aquele que manteve a calma, longe de demostrar fraqueza, usou de discernimento. A paciência resultou em coragem, força. Perder o autodomínio deixa a pessoa indefesa, como uma cidade sem fronteiras protegidas, facilmente é dominada por agentes externos.
É essencial buscar o equilíbrio, a paz íntima. É realmente irônico perceber que o genuíno amor-próprio se desenvolve quando paramos de concentrar o foco de nossa atenção em nós mesmos e então passamos a nos preocupar com outros, ao doarmos os nossos chamados “dons”. Depois de muito tempo esperando a “pessoa certa”, se descobre que ela esteve aqui por perto o tempo todo. Porque não se encontra a 'pessoa certa”, se é a “pessoa certa”. Tudo o que sonhamos está somente em um lugar_ dentro de nós mesmos. Somos o nosso sonho, afinal fomos nós que projetamos isso. Cada um de nós é a sua própria “pessoa certa”.
Não faz sentido esperar a perfeição dos outros. O melhor a fazer é tentar nos aprimorar, cultivar virtudes. Assim vamos adquirir mais segurança para lidar com o que virá em frente, além de estar mais perto de ter real contentamento. A simplicidade é confortável, natural, bela. Ter uma bússola e um mapa não é suficiente. É preciso escolher um destino primeiro, saber aonde se quer chegar. Com bom juízo e objetivos claros em mente será mais fácil saber quais caminhos nos levarão aos resultados desejados. E claro, precisaremos de muita paciência.

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Paciência de Brenda Ághata é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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